(Rumba, França, Bélgica, 2008). Antes de Rumba, não me recordo de outra sessão de cinema em que eu tenha tido vergonha do meu riso. Não falo de riso involuntário, mas de um riso quase do inconsciente de uma comédia que lembra as clássicas gags de Chaplin, possui trejeitos da série mexicana Chaves e é comparada com Mr. Bean. Mas é válido enfatizar: Rumba só lembra tudo isso porque tem um ingrediente a menos (ou a mais) que o torna um filme estranho. Mas estou sempre revendo minha opinião sobre. Hoje, o considero bobo, com doses de amoralidade, e que erra no controle do tempo das piadas. Sim, poderia ter bem menos que 77 minutos.
que tipo de filme está assistindo. Para maior desconforto, os dois entram no carro com um chroma key mal feito ao fundo (propositadamente espero eu), e a partir daí conseguimos entender qual será o tom do que há por vir.
Fora isso, os atores Fiona Gordon e Dominique Abel (também roteiristas e diretores) enriquecem as cenas pela interpretação expressiva e pela afinidade que transparecem, além da semelhança física. O resto fica por conta do exotismo de algumas cenas da comédia, com montagens do casal dançando sobre o mar, ou no jogo de sombras também dançantes (imagem ao lado e abaixo): brincadeiras aceitas pela liberdade da representação do desejo. Assim, Fiona, Abel e Bruno Romy divertem-se com o filme, deixando a curiosidade de assistir ao L'Iceberg, de 2005 — dos mesmos diretores —, para que possamos saber se Rumba é fruto de um estilo do trio quase-nonsense.Rumba 
Comédia, 77 min
Diretores: Dominique Abel, Fiona Gordon, Bruno Romy
Roteiristas: Dominique Abel, Fiona Gordon, Bruno Romy Elenco: Dominique Abel, Fiona Gordon, Bruno Romy, Clément Morel, Philippe Martz






