(Entre les Murs, França, 2008). Há agora um certo cuidado ao escolher cada palavra para falar de Entre os Muros da Escola. As críticas que havia lido antes de assisti-lo não me convenciam de que eu realmente veria o que assisti hoje por pouco mais de duas horas. Tempo suficiente para eu me tornar uma presente observadora da classe do professor François, de uma escola pública francesa.
Longe de se engalfinhar em estereótipos, o longa de Laurent Cantet nos leva para o ambiente de estrondoso e magnífico realismo, tanto pela sintonia entre os atores, que aqui prefiro me referir como personagens, quanto pela estética construída por planos que vão e vêm entre rostos na altura daqueles que estão sentados.
Mesmo o espectador encarando os personagens de igual para igual, há um certo distanciamento que o leva a encará-los como rebeldes e abusados perante o professor de francês bem intencionado e ainda cheio de fôlego para lidar com os jovens traquinas. Esse adjetivo pode soar debochado, atribuindo um aspecto equivocado aos meninos e meninas que muito além de simples desordeiros de aula, expõe seus problemas de origem étnico-social. Traquinas porém, em muitos momentos, é o melhor modo de classificar as risadinhas fora-de-hora que se entreouve em meio à seriedade dos mestres.
Entre les Murs discute a valorização das diferenças num espaço em que a igualdade é o objetivo maior. Isso fica claro com as correções das gírias que os estudantes teimam em usar e o prof. insiste em reprimir: aula de pedagogia para os espectadores, com o mérito de ser um filme desprovido de burocrático didatismo.
Com ausência de trilha sonora, já o clima inicial pressupõe que a história dos professores e seus alunos escapará do 'heroicismo' escancarado visto em Sociedade dos Poetas Mortos, filme que depois de Entre les Murs, muito bem poderia deixar de ser referência unânime quando o assunto se tratar de valores éticos e educação.
Longe de se engalfinhar em estereótipos, o longa de Laurent Cantet nos leva para o ambiente de estrondoso e magnífico realismo, tanto pela sintonia entre os atores, que aqui prefiro me referir como personagens, quanto pela estética construída por planos que vão e vêm entre rostos na altura daqueles que estão sentados.
Mesmo o espectador encarando os personagens de igual para igual, há um certo distanciamento que o leva a encará-los como rebeldes e abusados perante o professor de francês bem intencionado e ainda cheio de fôlego para lidar com os jovens traquinas. Esse adjetivo pode soar debochado, atribuindo um aspecto equivocado aos meninos e meninas que muito além de simples desordeiros de aula, expõe seus problemas de origem étnico-social. Traquinas porém, em muitos momentos, é o melhor modo de classificar as risadinhas fora-de-hora que se entreouve em meio à seriedade dos mestres.
Entre les Murs discute a valorização das diferenças num espaço em que a igualdade é o objetivo maior. Isso fica claro com as correções das gírias que os estudantes teimam em usar e o prof. insiste em reprimir: aula de pedagogia para os espectadores, com o mérito de ser um filme desprovido de burocrático didatismo.
Com ausência de trilha sonora, já o clima inicial pressupõe que a história dos professores e seus alunos escapará do 'heroicismo' escancarado visto em Sociedade dos Poetas Mortos, filme que depois de Entre les Murs, muito bem poderia deixar de ser referência unânime quando o assunto se tratar de valores éticos e educação.
1 Expressões:
Só para vc não ficar reclamando que ngm lê seus blogs, fica registrado aqui que eu li e adorei. como sempre, né Bere..., qr dizer Bo!! rsrsrs
Bjoss miga
T adoro
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