07 abril 2009


(Happy-go-lucky, Reino Unido, 2008). Faltou sutileza ao filme de Mike Leigh, também escrito por ele. A tentativa de Simplesmente Feliz em transmitir a lição de vida do tipo 'sorria, a vida é bela' torna-se um exagero pela interpretação de Sally Hawkins. Damos créditos às piadas, à excentricidade, ao cômico e até ao grotesco figurino, mas desconfiamos da necessidade de se fazer uma personagem com trejeitos de retardamento mental. Há como desfrutar de uma meninice aos trinta sem marcar a diferença, dizer a que veio com apenas nuances que os diálogos fazem em alguns momentos. O problema não é a ausência de algo, mas o apelo ao over. Cativante? Sim. Mas até que ponto a identificação com a personagem não se dá por uma certa pena do espectador por seu jeito desastrosamente diferente?

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