(Man on Wire, Inglaterra, EUA, 2008). Do ponto de vista de alguém com o pé no chão, Phillipe Petit, O Equilibrista, andava sobre o ar, na mesma altura dos telhados e pistas de pouso dos prédios, pela ilusória transparência da corda que testemunhava seus calmos pés. O documentário traz imagens gravadas durante momentos como esse que faziam espectadores ao acaso bambearem entre perplexidade e contemplação. É uma bela vista — e acho que o filme não pretende passar disso — a coragem enaltecida como tal, que tange a liberdade e ao mesmo tempo a prisão do vou-e-não-volto-mais-atrás. Do diretor James Marsh, O Equilibrista traz também cenas ilustrativas (encenações em terra firme, é claro) dos depoimentos dos cúmplices e ajudantes do aventureiro mor. Cenas que dão um que de filme francês.
O filme vale também como documento das imagens do World Trade Center, ainda em construção. As torres gêmeas, enfatizadas na sinopse e estendidas em cenas de momentos tensos por entre a centena de andares, acabam se tornando protagonistas ao longo do documentário, tamanha sua simbologia dentro do sonho do equilibrista. Se ele se considerava um peculiar passageiro pelas torres, hoje as vê com o pano de fundo ainda maior da efemeridade. Tempo e História.
O filme vale também como documento das imagens do World Trade Center, ainda em construção. As torres gêmeas, enfatizadas na sinopse e estendidas em cenas de momentos tensos por entre a centena de andares, acabam se tornando protagonistas ao longo do documentário, tamanha sua simbologia dentro do sonho do equilibrista. Se ele se considerava um peculiar passageiro pelas torres, hoje as vê com o pano de fundo ainda maior da efemeridade. Tempo e História.
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