(Stella, França, 2008). Stella tem humor, mas peca ao tentar ser de fato engraçado. Tem ironia, mas não convence muito bem quando tenta ser irônico: tudo fica bem melhor quando deixado por conta da naturalidade. E esses são meros detalhes que não desmontam o filme à inferioridade antevista no trailer, esse sim, peça de impressão errônea sobre o trabalho da diretora Sylvie Verheyde. Por se tratar de uma cineasta não muito conhecida, somado à sinopse e ao trailer, o público em potencial de Stella pode ser afugentado pelos elementos que enfatizam ser mais um filme sobre uma menina em conflitos pré-adolescentes.
Vemos esses conflitos pelas narrações em off da personagem principal, mas numa profundidade bastante diferente da superficialidade aparente. Leora Barbara, a atriz que interpreta Stella, é o ponto-chave para toda a leveza que perpassa melancolia, respira nostalgia e não deixa o romantismo de lado, aliado à mise-en-scène da diretora. O peso da expressão 'abuso sexual infantil' é maior que a própria cena que implicita tal ação, por exemplo.
Ganha pontos por ser leve e efêmero, devido aos cortes que impedem o aprofundamento em cenas de maior teor dramático. Isso permite um equilíbrio entre lentidão e agilidade, sem extremos, para lidar com a boa quantidade de pequenos acontecimentos. As músicas compõem uma trilha sonora de tom debochado e condizente com a idade e a época vivida pela menina que detesta a vida dos outros, além da própria: um contraponto, por fim, entre novo e ultrapassado. Sem muita frescura, é filme para gostar de assistir.
Vemos esses conflitos pelas narrações em off da personagem principal, mas numa profundidade bastante diferente da superficialidade aparente. Leora Barbara, a atriz que interpreta Stella, é o ponto-chave para toda a leveza que perpassa melancolia, respira nostalgia e não deixa o romantismo de lado, aliado à mise-en-scène da diretora. O peso da expressão 'abuso sexual infantil' é maior que a própria cena que implicita tal ação, por exemplo.
Ganha pontos por ser leve e efêmero, devido aos cortes que impedem o aprofundamento em cenas de maior teor dramático. Isso permite um equilíbrio entre lentidão e agilidade, sem extremos, para lidar com a boa quantidade de pequenos acontecimentos. As músicas compõem uma trilha sonora de tom debochado e condizente com a idade e a época vivida pela menina que detesta a vida dos outros, além da própria: um contraponto, por fim, entre novo e ultrapassado. Sem muita frescura, é filme para gostar de assistir.
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